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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Direito de Resposta aos que nos chamam de " Bestas Feras " ( Eu não fui citado no texto, mas pelo que está escrito eu estou incluido nele ).

Direito de Resposta aos que nos chamam de "Bestas Feras". (Eu não fui citado no texto, mas pelo que está escrito eu estou incluido nele).




Paulo Resende, Ilha do Governador, Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2011. Foto: Carlos Eduardo

Paulo Resende



Em primeiro lugar, os que nos acusam de Bestas Feras (cuidado, eu sou uma das piores Bestas Feras que existe atualmente) vivem propagandeando pela Internet que deveriam todos se unir e não ficar brigando, mas, de repente, aparecem com estes textos de nível baixo para provocar e fazer acender mais as brigas. Eles mordem e assopram. Eles têm todo o direito de se expressarem, não resta a menor dúvida, mas aproveitam de vez em quando para baixar o porrete em pessoas que também estão lutando para que a causa AERUS/VARIG se resolva. Estas pessoas também estão lutando por todos e estão lutando também por estes que nos acusam e nos fazem este tipo de acusação.

Mas eu tenho o direito de resposta, mesmo não tendo sido citado no texto, a estas acusações que de vez em quando fazem a nós que não concordamos e não compactuamos com a cartilha deles. Cartilha esta ensinada, e muito bem ensinada a eles pela direção executiva do SNA. (Um sindicato patronal, subserviente ao Governo do PT e que ajudou em muito a nos levar a esta grave situação porque todos nós estamos passando).

Sobre a citação do nome do amigo Jim Pereira no texto de qualidade não muito boa digo que o amigo Jim Pereira agora vive em Portugal porque tem família que vive lá e ele não tinha mais condições de viver aqui no Brasil recebendo as merrecas que são a nós distribuidas todos os meses pelos interventores do Aerus e estes mesmos interventores ganhando muito bem, (o salário deles, pelo que se sabe, é pago religiosamente pelo Aerus, mas isto os signatários do Texto onde aparecem as Bestas Feras não têm coragem de cobrar e ficam calados), para isto fazerem. Ele, Jim Pereira, teve a coragem de criar um Grupo, Chamado de Movimento ACORDO JÁ!, para que as pessoas que sofrem com este pesadelo que nos atinge há mais de 5 anos pudessem vir para as ruas e praças para mostrar a todos a nossa indignação contra tudo que fizeram conosco. Ele teve a coragem de fazer isto e muitos dos nossos estão seguindo este Grupo há muito tempo. E continuaremos a nos apresentar com as nossas faixas, cartazes e protestos pelas ruas e praças do Rio de Janeiro, inclusive agora, este Grupo, Movimento ACORDO JÁ!, tem participado das Manifestações contra a Corrupção e aproveita este evento recente também para mostrar a todos o nosso grave problema. Somos vistos por milhares de pessoas e somos vistos pela Mídia que cobre estas Manifestações. Estamos de alguma forma fazendo a nossa parte e fazendo a mesma muito bem. O SNA e a sua direção executiva porque não comparecem a estas Manifestações contra a Corrupção? Será que não comparecem para não prejudicar e magoar os seus amigos que estão no poder? Ficam aqui as duas perguntas.





Nós não vivemos sendo ajudados por ninguém e não temos patrono para subsidiar nossas Manifestações até hoje, porque se tivéssemos estaríamos lá em Brasília fazendo de vez em quando o nosso Protesto e mostrando às autoridades brasileiras a nossa indignação contra o que fizeram conosco. NÓS NÃO TEMOS PATRONO E NEM AJUDA DE SINDICATOS OU OUTRA ORGANIZAÇÃO, MAS FAZEMOS A NOSSA PARTE E FAZEMOS MUITO BEM DENTRO DO POSSÍVEL.

Inclusive a Petição com quase 7.000 assinaturas que foi criada via Internet pelo amigo Jim Pereira (uma das Bestas Feras do texto de qualidade duvidosa) está anexada ao Processo da Defasagem Tarifária em Brasília e foi entregue e protocolada no Supremo Tribunal Federal, neste ano de 2011, pela amiga Dayse Amorim. Ela foi a Brasília com ajuda de alguns que participam do Grupo Movimento ACORDO JÁ!. Não ficou hospedada em hotéis como os signatários do Texto “Besta Feras” vão de vez em quando.

Outrossim, eu, Paulo Resende, outra Besta Fera, também fui a Brasília no dia 11 de maio, com a ajuda de algumas pessoas, inclusive com a ajuda de integrantes do Movimento ACORDO JÁ!, e entreguei uma carta pelo menos em quase 50 gabinetes (Senado e Congresso) para que os Exmos. Senadores e Deputados pudessem solicitar à Exma. Ministra Cármen Lúcia que ela colocasse o mais rápido possível em Julgamento, no Plenário do Supremo Tribunal Federal, o Processo da Defasagem Tarifária. O amigo Edson Cardim 7 dias depois (18 de maio de 2011) foi recebido pela Exma. Ministra Cármen Lucia e ela disse a ele que o Julgamento seria feito antes do final do ano. Inclusive. Recentemente, o Jornalista Ancelmo Gois do Jornal “O Globo” colocou em sua coluna diária neste jornal que o Exmo. Juiz Luiz Roberto Ayoub foi recebido pela Exma. Ministra Cármen Lúcia e ela disse a mesma coisa para ele.

Então que fique bem claro não aceitamos estes textos que nada ajudam a causa AERUS/VARIG.

Outrossim, o senhor advogado Castagna Maia, defendido com unhas e dentes pelo signatário do Texto, recebe para trabalhar a causa da Antecipação de Tutela. Ele não trabalha de graça e nem poderia pois é um renomado profissional. Ele é pago pelo SNA para defender esta causa que só beneficia os Aposentados e Pensionistas do AERUS/VARIG E TRANSBRASIL. Mas o senhor advogado Castagna Maia deveria SIM dar mais informações através do seu blog. Ele no início de Setembro disse que o Juiz Jamil da 14ª Vara Federal estava com o parecer da causa defendida por ele (Antecipação de Tutela SL 127) e que demoraria mais 3 semanas, mais ou menos, para que houvesse uma solução. Passaram-se as três semanas e nada foi feito e nada foi dito. Agora recentemente em seu blog disse que há pessoas prejudicando este Processo e atrapalhando o mesmo. Se ele ou outra pessoa designada por ele escrevesse em seu blog informações mais atuais não ocorreria isto, creio eu.

Aliás, o SNA, o sindicato Patronal e subserviente ao Governo do PT, também nada informa e nada diz em seu site.

Então, uma vez por todas, vamos acabar com estas brigas que não levam a lugar nenhum. Se querem união não começem também a cutucar e chamar as pessoas que também lutam pela causa AERUS/VARIG de " Bestas Feras "

Afinal, estamos todos no mesmo barco e se não tomarmos cuidado o mesmo vai afundar e nos matar afogados. Que estes textos que nada ajudam não sejam mais publicados. E que ninguém mais fique cutucando este ou aquele grupo com acusações que não levam a lugar nenhum.

Espero que não haja mais este tipo de acusações pela Internet.

Chega de Brigas e de discórdias.

O que todos queremos é que a Causa AERUS/VARIG seja resolvida ainda este ano e que todos os trabalhadores da VARIG, sejam ativos, aposentados e pensionistas, tenham as suas vidas de volta e o direito de viver dignamente.

Eu, Paulo Resende e o Grupo da qual faço parte (Movimento ACORDO JÁ!) queremos e lutamos para que todos recuperemos o direito de ter de volta a nossa dignidade.

Estamos trabalhando e muito para que tudo chegue a um final feliz ainda este ano de 2011.

Assinado:

Comissário de bordo aposentado Varig Paulo Resende.

José Paulo de Resende

Itaipu Niterói Rio de Janeiro

(Os grifos são do autor)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A VERGONHA ALHEIA. Texto do Comissário Aposentado da VARIG Bolognese.


     A VERGONHA ALHEIA

No dia 12 de outubro atingimos a incrível, inaceitável e injustificável marca de 5 anos e meio de um covarde e arbitrário calote em nossa aposentadoria. Mas, falar em perda de de poupança e pensão é muito pouco, pois esses termos, por mais que se esforcem, não podem definir o que é passar a vida trabalhando, atento ao passar dos anos, poupando para um futuro um pouco menos incerto e descobri-lo comprometido pela irresponsabilidade de terceiros.

 Aposentar-se de um emprego de muitos anos não significa retirar-se da vida. Ao contrário, poderiam ser os melhores da vida de um trabalhador se o trato fosse feito com gente séria. Contudo, da maneira como são tratados os aposentados nesse país, parece ser o sonho dourado de todos os governantes brasileiros, senão mesmo uma política de estado, ver o trabalhador ser extinto junto com seu emprego.

Não é incomum uma pessoa em situação como a nossa, remexer o passado e se perguntar com algum embaraço, se fez algo de errado. Com vergonha até, perguntar-se, se contribuiu para o seu sofrimento e o dos familiares. Mas não é preciso ir muito longe para descobrir que se há uma vergonha aí, ela não lhe pertence. É uma vergonha alheia, criada por mentes que não abrigam esse sentimento.

 Desde o começo - antes e depois do fim da Varig - os fatos que contam são:

1)      Um fundo de pensão privado foi criado para complementar as aposentadorias dos trabalhadores na aviação.
2)      A estrutura jurídica do Aerus foi baseada em leis vigentes no país - e não comprada em uma banca de camelô.
3)      Os funcionários das empresas pagaram religiosamente a sua parte no contrato.

Nada disto foi defendido, fiscalizado ou protegido pelo estado como era sua obrigação. Daí, a trágica situação em que se encontram os aposentados do Aerus até este mês de outubro de 2011. Sem esquecer os demitidos e os familiares dos mais de 580 que faleceram se ver solução alguma.
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Quando reclamamos nossa aposentadoria de volta, não damos a ninguém o direito de duvidar que seja legítima. Nós realmente pagamos parte de nossos salários segundo um modelo instituído dentro de perfeitos marcos legais.

Assim como uma mentira não vira verdade só por ser muito repetida, uma verdade não vira um delírio só porque sua repetição incomoda.

Eu também concordo com o ministro do STF quando ele fala de uma emenda que pode tornar a justiça não apenas mais ágil, mas... muito mais ágil. Concordar é uma coisa. Acreditar porém, é bem outra. Em que mundo vive essa gente que sempre, ao ser questionada, declara-se comprometida com os mais profundos interesses sociais, mas não consegue ou não se esforça para ir do discurso à prática? Das autoridades aceitaria com prazer se, ao declararem suas boas intenções, estivessem sinceramente compreendendo que nós, ao falarmos do calote em nossa aposentadoria, estamos falando em termos muito reais, que nos faltam recursos para pagar um plano de saúde. Em vez de declarações genéricas sobre princípios republicanos, geralmente desprezados no mundo real, preferia que um ministro, uma autoridade dessas, perguntasse como é que a gente faz pra viver. De que forma vivemos o problema de não poder ir ao dentista quando um dente dói. Quando e como compramos um par de óculos novos porque o nosso quebrou ou ficou defasado. Se temos acesso ao lazer e, se ele, como às demais pessoas, faz falta. 

De minha parte quero deixar bem claro que não serei grato a nenhuma autoridade, pois ao virem com uma solução para o Aerus, depois de tantos anos sabendo o que essa demora acarretou, não vão pensar por certo naqueles aos quais ela não alcançou. Serei grato apenas a Deus e aos colegas que realmente se empenharam desde o começo para reparar um injustiça histórica. Às autoridades concederei apenas os cumprimentos por terem afinal enxergado a luz da razão.

A caminho do sexto Natal sem o nosso dinheiro, esperamos que essa luz ilumine essas autoridades dissipando as trevas da hipocrisia. E se mais este Natal for como os últimos cinco, quando passamos vergonha por não podermos estar como pessoas normais, vamos lembrar que é a vergonha dos outros que faltou se mostrar. A vergonha alheia.

JC Bolognese