Dignidade e coerência
Dignidade e coerência, com alto profissionalismo, pautaram via de regra a conduta de todo um corpo social variguiano, somado a um elevado senso de Empresa.
Vendo o desenrolar humilhante em que hoje nos postamos, o ultraje, o deboche, o declínio do Homem no seu mais vil patamar.
O calabouço que emana do poder, impiedoso, indiferente, por demais insolente, faz indagar se ainda é válida nossa postura de patriotas.
Forças extremamente poderosas e não tão ocultas, nos forçam ao cadafalso.
Todas as artimanhas são legítimas?
Respondo que só não são legítimas as mortes vergonhosas e inglórias de tantos amigos, incontáveis doenças e dramas silenciosos. Episódios de dívidas, despejos e fome.
Pergunto se os tempos chegados não nos enquadram melhor como um bando de hunos varrendo instituições. Instigam-nos e nos forçam a sermos bárbaros e vândalos como última opção de sobrevida.
Que leis, desde as trabalhistas até a dos idosos estão em vigor? Que Magna Carta é relegada e jogada na lixeira?
Com que direito o Estado escarna com desdém milhares de pessoas?
Cansei de ajustes de contas, procedimentos contábeis, novos prazos, numa pseudo gravidade insolúvel. A empáfia como é dito "Não há a mínima possibilidade de acordos", proferidas do alto pedestal, retrata amargamente o espírito reinante.
O Estado orquestra conforme suas conveniências. E nós? Amargos e indignados, talvez tenhamos que preencher nosso vazio com algumas lições oriundas do MST, a fim de inquirir e reaver direitos inequívocos, tão calhordamente usurpados.
Formamos um exército de capengas, mancos, desdentados, doentes graves e terminais. Ainda assim um exército. Um batalhão vivo, açoitado, mas incitado a mostrar a cara, e de não fugir dos seus princípios.
Não sei a quem me dirigir. A AGU, aos Ministros do STF? Ao Ministro da Justiça? Da Casa Civil? Do Ministério do Trabalho?
A um parco corpo político que sempre nos abraçou? Ao Representante maior do Brasil? Ao núcleo dos direitos humanos da ONU?
Que tristeza de alma. Que revolta engasgada. Somos párias jogados nas sarjetas da vida.
A Instituição AERUS, o pão nosso de cada dia, tolhida de manobras, representa bem a cara de todos nós, aeronautas e aeroviários numa oscilação de zombarias e desenganos.
Até quando? Até quando irão espoliar e deixar ruir uma parcela de seres humanos? Estará o Estado aguardando a morte de todos para aí então finalmente ficar com o botin? E, encerrar esta página insignificante e chata de uma velharia impertinente?
Os valores que todos economizamos via AERUS, no período produtivo, se esvai pelo ralo de burocratas apáticos e indiferentes.
Nova Reunião se avizinha. Que os anjos nos abençoem.
Carlos Edmundo Matzenbacher - Joinville - Aposentado AERUS
carlosedmun...@gmail.com
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Dignidade e coerência. Caso Aerus Varig. Texto do colega e amigo de vôo Varig Carlos Edmundo. Comissário Aposentado da Varig Carlos Edmundo
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